Saiba o que é permitido ou proibido por lei – e as soluções adequadas levar seus companheiros

Ter um animal de estimação é um grande prazer. Mas, ao mesmo tempo, também é uma grande responsabilidade. Seja qual for a espécie, o pet demanda cuidados especiais em diversos aspectos como alimentação, higiene e bem-estar. E, nessa lista, também está a maneira como ele é transportado nos deslocamentos cotidianos ou em viagens mais longas.
A seguir, entenda do que não é permitido quando o assunto é levar os pets para passear de carro e, também, quais medidas que podem propiciar maior segurança e conforto para eles.
A lei
Não existe uma regulamentação taxativa sobre o modo correto de levar os animais de estimação nos veículos no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O texto menciona apenas a proibição de conduzir um veículo com animais (bem como pessoas ou carga) nas partes externas dos veículos (artigo 235, excetuando os casos em que houver autorização para tanto) e o transporte de animais à esquerda ou entre os braços e pernas do motorista (artigo 252, inciso II). Além disso também pode ser aplicado o artigo 169, que veda a direção sem atenção ou cuidados indispensáveis à segurança, interpretação aplicável caso os pets estejam circulando livremente pela cabine.
Soluções adequadas
Apesar da lei não determinar o modo como os animais de estimação devem ser transportados, todos queremos zelar pela sua segurança e conforto. Por isso, consultamos dois especialistas para saber quais são as principais recomendações: Leonardo Burlini, assessor técnico do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo, e David Coelho de Paiva, médico veterinário.
Antes de mais nada, o animal não pode ficar solto na cabine. Mas tampouco deve ficar preso de forma muito apertada. Nas duas situações ele sob um risco muito grande de ser projetado e se ferir em caso de colisão ou, eventualmente, apenas com algum movimento brusco do veículo, como uma curva mais fechada ou freada forte.
No mercado, há algumas opções consideradas seguras pelos especialistas consultados. O primeiro é a cadeira de transporte, que é presa através do cinto de segurança e impede que o animal seja projetado dentro da cabine em caso de colisão.
Outra solução recomendada pelos especialistas é o cinto de segurança adaptado, uma coleira que pode ser engatada no fecho de um dos cintos do banco de trás. Para que eles sejam eficientes, eles precisam ser presos adequadamente e ajustados a uma distância segura, além de estarem presos a uma coleira peitoral resistente e apropriada – as coleiras comuns, colocadas em volta do pescoço, podem causar lesões em caso de colisão.

Para os animais de pequeno e médio porte, ainda, existem caixas de transporte desenvolvidas especialmente para esse tipo de situação. Geralmente construídas em plástico, elas são ventiladas, impedindo que o pet passe calor, e também permitem que o animal não perca o contato visual com o ambiente.

Para as raças de grande porte, infelizmente, nem sempre há disponibilidade desses tipos de produto. Como opção, existem no mercado grades de contenção que podem ser instaladas na caçamba de picapes ou entre o banco traseiro e a tampa do porta-malas, no caso de hatches ou peruas, e evitam que os animais agitados fiquem transitando pelo interior do carro.

Independente da opção escolhida, é fundamental que o proprietário siga todas as recomendações do manual de instruções para a instalação no veículo e os ajustes necessários ao prender o animal.

Viagens
De modo geral, no caso de trajetos mais longos, animal deve ser mantido em jejum, para evitar enjôo, em um ambiente ventilado e com temperatura agradável. É necessário realizar paradas regulares, a cada duas ou três horas, para que o animal possa ser avaliado, hidratado e encaminhado para realizar suas necessidades fisiológicas.

No entanto, os especialistas apontam que é fundamental, antes da viagem, realizar uma consulta com o médico veterinário. Isso porque, dependendo da espécie, raça ou tamanho do animal, existem medidas e recomendações específicas – por exemplo, em alguns casos pode ser necessário a administração de medicamentos para evitar o enjôo ou até mesmo, em casos especiais, o uso de sedativo ou tranquilizante.

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